segunda-feira, 26 de maio de 2008

Paradas

Labjor, segunda-feira, minutos antes da aula. Rascunhei um post na viagem e gostaria de postá-lo aqui. Se der tempo:

Estou começando a pegar implicância das paradas de ônibus na estrada. Teve uma época em que era tradição: esperava logo parar e sair para tomar meu pingado, gosto de analisar e comparar os pingados de diferentes paradas. Mas muito disso vem perdendo a graça.

Agora são duas da manhã. Estou morto de sono e sei que, se não dormir, de manhã estarei um caco para acompanhar as aulas do Labjor. Aliás, dormir de verdade só na terça-feira, em casa. Estou no ônibus Transpen, parada do Graal. Vinha em um sono relativamente tranqüilo; não que seja fácil dormir aqui na primeira poltrona que eu insisto em escolher (vale um post sobre isso), mas até que consegui tirar um cochilo.

Então o ônibus parou e o pessoal desceu. Ainda com sono, mas já desperto, tive que me levantar para dar um passeio pelo Graal. Andei aqui e ali, e impliquei com a voz do cara que fica anunciando a saída dos ônibus no sistema de som ("atenção passageiros da Pluma, fujam que o ônibus entrou em combustão espontânea"): a vozinha é pior que a da mulher do aeroporto - manjam aquela voz pausada e monótona, sempre pontuando a última palavra da frase? Irritante. Começou uma música legal, estava curtindo, mas o cara da vozinha voltou a dominar o espaço sonoro. Não dá. Saí do Graal e voltei ao ônibus.

Quando entrei no Transpen já senti no ar um conhecido aroma detestável: na segunda fileira de poltronas, pertinho da minha, o rapaz nem fazia cara de culpado ao dar mais uma mordida em seu salgado gordurento.

Agora quero ver se consigo dormir, vai ser difícil, desperto que estou e com os sacolejos da metade final da viagem.

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