Vínhamos nos arrastando desde a estação central reparando os nomes das ruas da pequena Malmö. Cidade bonita, aconchegante e ainda mais silenciosa que a Terra do Nunca Estocolmo. No outro dia, no ônibus metropolitano, nos sentimos uns boçais: em meio a tanto silêncio, qualquer reação mais exaltada parecia bagunça.
Os dias em que ficamos em Malmö foram dedicados exclusivamente à conferência da PCST-10, uma entidade internacional que reúne experiências de divulgação da ciência no mundo todo. A conferência, ocorrida a cada dois anos, aconteceu na universidade de Malmö, mas estendeu sua programação com eventos na universidade da vizinha Lund e o Challenge em Copenhague.
Jornalistas, pesquisadores e divulgadores da ciência dos quatro cantos do globo, inclusive do Brasil, foram contar em Malmö suas histórias. Sobre a nossa, da equipe “Bem me quer, mal me quer”, falo mais adiante. Antes, precisamos resolver a situação de dois carinhas, que ficaram parados em frente ao hotel Fórmula 1, esperando que voltemos a falar deles.
Sem ter muito o que fazer fomos pedir informações em um posto de gasolina próximo ao hotel e percebemos que, apesar de silencioso, o povo de Malmö é muito receptivo. A moça loira não só nos atendeu bem, como fez a reserva por telefone no hotel e chamou o táxi. E após um interessante bate-papo com a taxista, chegamos ao IBIS no mesmo instante que o casal Flavinha e Davi fazia o check-in. Estávamos salvos.
Papo sério: a conferência
O outro dia (25) amanheceu cedo, literalmente. Nessa época de verão europeu os dias são bem mais longos. Especialmete na Suécia onde ocorre o conhecido Sol da meia-noite. Em Estocolmo, lembro-me da gente andando pelo centro em pleno “dia”, embora fossem passadas nove horas da noite. Também pela janela do navio-hostel, a luz do sol entrou cedo no outro dia. Acho que por lá, os galos tiram férias no verão.

Obviamente alguns personagens se destacaram. Como o onipresente senhor gordo e careca, com seu crachá luminoso e chamando a atenção por onde pisava – desde a pré-conferência até o último dia do evento. Aliás, já na pré-conferência ele soltou a pergunta: "Qual a diferença entre uma má divulgação de uma boa ciência e uma boa divulgação de uma má ciência?!", o que deixou os prêmios Nobeis desconcertados.
Na conferência, acompanhamos algumas experiências interessantes, como programas de TV holandeses que mostram o lado lúdico e engraçado da ciência, ou ainda, a proposta suíça do uso de filmes bloockbusters para educação científica.
E a programação do primeiro dia nos guardava uma surpresa. Conheceríamos a encantadora cidade de Lund. Pegamos um ônibus em Malmö, passamos por estradas esverdeadas ornadas por moinhos de vento e nos arrepiamos ao entrar naquela aconchegante cidade universitária. Tão acolhedora que parece de mentira.
Mas não é. Conto pra vocês no próximo post.
Um comentário:
A conferência deve ter sido o máximo, tava bastante curiosa em saber os detalhes!
Caramba Mu, que imagem mais linda essa do Moinho de vento!
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