Último dia em Napoli. Dia de caminhar e dar uma chance para a cidade
Napoli caótica
Mesmo no domingo, a cidade é caótica. Ô terra para ter carro passando, tentando ser mais rápido, buzinando, indo e vindo, e me irritando a todo momento. Ô terra para ter essas motos vespas irritantes de barulho ensurdecedor e que passam e vem e vão. Sério, desisto. Andei em direção ao centro. Ô terra feia! Fosse o Paraguai, seríamos mais diretos: o Paraguai é caótico e feio. Manja os mototaxis e o lixo na rua? Aqui é igual, mas aqui se diria uma cidade pitoresca. Nada de pitoresca, é feia mesmo.
Varais pela cidade
Andei até uma capela e depois até o Duomo, que estava fechado. E eu irritado com as motos. Pô, é domingo, fiquem em casa! Voltei do centro em direção ao hostel e passei numa tal Napoli Subterrânea. A cidade dava sinais de resistência em sua tentativa de me convencer que era boa. Não peguei o começo da explicação, mas para construir as casas, lá nos tempos romanos, o pessoal precisava de rochas e cavaram da terra. Faziam buracos e iam tirando as rochas. O resultado? Galerias inteiras a mais de quarenta metros de profundidade. Uma delícia, aquela tranquilidade sem o barulho dos carros. Segui uma guia que contou a história do lugar, depois pegamos velas e andamos por entre rochas estreitas onde haviam aquedutos romanos. Na Segunda Guerra, o lugar foi usado para proteção. Muito interessante. Ponto para Napoli.
O passeio Napoli Subterrânea. Recomendo muito.
Aí andei mais um pouco e peguei uma das pouquíssimas pizzarias abertas. Estava com fome. A pizza foi criada em Napoli e é da cidade a fama de ter a pizza mais gostosa do mundo. Não sei isso é verdade, mas a pizza de queijo de búfala estava estupenda. Mais pernadas, de volta ao trânsito, caminhei um bocado e cheguei a Piazza del Plebiscito, belíssima, com dois cavaleiros e dois meio arcos, quase com os braços da Piazza San Pietro, no Vaticano. Passei antes em uma galeria, como a de Roma, e no Panteon da Piazza, mas bonito que o de Roma.
Mais pontos para Napoli.

Centrinho abandonado
Sgora bateu sono, beijo
Murilo
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