O museu é enorme. Na verdade são museus. Tem um egípcio bem completo, com estátuas egípcias interessantes, múmias e papiros. Com o audioguia fiquei perdendo algum tempo ali. Depois tem museus de estátuas, um jardim das estátuas, a sala das musas, outra sala de mapas, outro de arte sacra. E por aí vai.
Então cruzamos mais corredores e, voilá, a Capela Sistina. Pequena, se comparada a outras igrejas que vi. Cheia de turistas, e de caras falando "no pictures", "no photos", "sssssshhh". Um saco. Com o audioguia fui vendo parte por parte das obras de Michelangelo. O estupendo Juízo Final, em azul, com os braços de Jesus mostrando o sentido de leitura do quadro, a disputa de anjos e demônios pelo céu. Sensacional.
Correndo o pescoço pelo teto da Capela, lá estão nove desenhos mostrando o livro do gênesis. Da criação da luz, passando pela criação do sol e da lua, a separação da terra em água e, a mais célebre pintura de todos os tempos: A criação de Adão (aquela em que Deus estica o dedo para tocar o de Adão). Emocionante. Segue-se A criação de Eva, o pecado original e três passagens de Moisés, do anúncio ao dilúvio. Nas paredes laterais, histórias de Jesus de um lado e de Moisés de outra, assinados por outros atores como Perugino e, pasmem, Botticceli.
A capela é linda, é a capela mais famosa do mundo. Mas eu estava farto, com fome e cansado. Saí do museu do Vaticano e fui bater perna. Ali pertinho, a mulher queria 5 euros em um panino, 8 se eu comesse ali. Estava com fome, mas não sou burro. Andei mais. Passei pelo castelo Sant' Angelo e depois pelo palácio da justiça. Cruzei o Rio Tevero de novo em direção à Piazza Navona. Parei em um restaurante, pedi uma pizza marguerita. Enorme. Comi com Coca-Cola. A dor de cabeça passou.
Matei mais um tempo na Piazza Navona, tomando sorvete e vendo os pintores fazerem seu trabalho. Experimentei um tal Tartufo, em uma sorveteria onde, no dia anterior, havia conversado com uma brasileira de Rondônia. Ela não estava lá. Caminhei em direção à piazza Venezia, em busca de ônibus. Havia marcado às 20h com Lorenzo e Francesca, iríamos à casa de um amigo dele. Caminhei um monte até achar o terminal. E depois para pegar o ônibus correto. E depois esperar o ônibus sair, dar um giro pela cidade toda até a capodelinea na Via Marcini. E mais um outro ônibus para via Cássia. Quando estava chegando a casa, eles já estavam no carro.
Foi bacana jantar o meio da italianada. Vinho, alcachofra frita (tradicional de Rama), mussarela de búfula, alguns salames. Fiquei conversando com Lucca sobre música brasileira. Ele é veterinário e toca saxofone (lembrei da Bruna na hora). Depois comemos um (não lembro o nome da pasta) ao pesto, um molho verde bem bom. Me despedi do pessoal, romano dá dois beijinhos no rosto, tanto homem como mulher. E fomos para casa. Dormi para acordar em meu último dia em Roma.
2 comentários:
Encantada com as imagens. Amei!
Legal, Larissa. Recomendo as fotos do especial Ilha Rapa Nui também. Abraço
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