Café da manhã no hostel e preparativo pras despedidas
Filho do sol
De táxi, chegamos ao monumento a Pachacuteq, uma estátua de bronze com 11,5 metros de altura e 17 toneladas, sobre uma base de 22,4 metros. O monumento foi erguido exatos 500 anos após a conquista espanhola. Do seu alto, na praça Haukaypata, podemos ver toda Cusco, em seu formato de puma.
O grande Pachacuteq, homenageado em Cusco
Pachacuteq – “filho do sol e reformador do mundo” – foi o mais importante imperador inca. A origem do povo é em 1200 quando Manco Copac uniu os grupos étnicos que habitavam o vale de Cusco. A expansão do império inca, no entanto, aconteceu 200 anos depois, com achegada do nono imperador: Pachacuteq.
Ele formou exércitos e ampliou o império desde o Equador até Tucuman, na Argentina (16 mil km de norte a sul e 4 mil de leste a oeste). Depois de conquistar, o imperador integrava os povos aos incas fazendo todos compartilharem a mesma filosofia, religião e valores.
A vista de Cusco. No desenho do umbigo do mundo, o simbolismo inca
Na sagrada Cusco, Pachacuteq fez o comando de seu governo e aplicou o simbolismo inca com o puma (Kaypacha, o mundo dos homens). A cabeça do puma seria Sacsaywaman, a Rua Pumakurku era a coluna vertebral responsável por levar as mensagens ao povo, a genitália ficaria no templo de Qoricancha e aí por diante.
Minutos a mais
Precisávamos comprar as passagens para nossos próximos destinos. Tínhamos planejado na parte da tarde conhecer as ruínas no entorno de Cusco por um tour de duas horas saindo do hostel. Não deu. O ônibus de Marco era bem mais cedo que o meu, não daria tempo de fazermos o passeio. Eu poderia fazer, ele não. Preferi ficar com meu amigo.
Última caminhada e um chocolate ruim pra caramba
Como não faríamos o tour, fomos comer. Queríamos ter um almoço digno da despedida. Acabamos num restaurante bem mais ou menos, ali mesmo próximo do hostel, na praça San Francisco, comendo frango e tomando chica morada.
Então, só pra desencargo, contratamos um táxi para nos levar até algumas poucas ruínas. Chovia fino, aproveitamos pouco Sacsaywaman, Q’ento e Pucapucara. Assim, rapidinho. Já estava meio cheio de tanta informações sobre os incas.
Sacsaywaman: ruínas incas delivery
Na cidade, compramos água e comida. Eu dei um pedaço de chocolate e estranhei a cara de Marco. Aí, dei uma mordida. “Putz, que troço ruim!”. Era cacau concentrado para preparar chocolate – esta barra ficou anos parada na minha geladeira. Chegamos na Praça San Francisco, nosso QG em Cusco. Era hora das despedidas.
A história com Marco chegara ao fim. A minha não.
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