Imagine Priscila, a rainha do deserto, causando com sua imensa capa prateada; acompanhando o caminhão, o Patrick Swayze deitando o cabelo em “Para Wong Foo, Obrigada por tudo”; e ainda, o elenco completo de “Gaiola das Loucas”. Tudo junto, loucas e desvairadas. Mas com sotaque alemão. Foi neste mundo cor-de-rosa que Juttel e eu baixamos ao chegar em Berlim.
A viagem de trem terminara na estação Berlin Hauptbahnhof. Fizemos nossa meia hora de descanso: procurar um locker para deixar as bagagens (sim, agora tenho bagagem), comer alguma coisa, buscar mapas para orientar o passeio. Estávamos cansados, mas prontos para outra. E meu parceiro de viagem todo orgulhoso aspirava o ar de seu país de origem.
Saímos da estação seguindo uma seta no mapa, o que tivesse de turístico pela frente veríamos. Berlim é linda, por isso, o passeio de um só dia soou um tanto instantâneo. Mas valeu a pena.
Administração teutônica
E o primeiro ponto turístico que cruzou nossa seta guiadora foi o Reichtag, o Parlamento alemão. Legal a miscelânea do histórico com o moderno. O prédio antigo em contraste com a construção circular de aço e vidro. Aliás, essa contradição estaria presente em outros momentos de nossa curta estada.
Dali seguimos em direção ao majestoso Portão de Branderburgo, famoso por dividir as duas Alemanhas no século passado – ou permitir o acesso de lá pra cá e de cá pra lá, afinal, é um portão.
Tomado pelo espírito da final da Eurocopa, o Portão era palco de uma incrível fanzone que, um dia depois, ficaria lotada de alemães ávidos por vencer espanhóis no campo (mas isso é mais pra frente).
Mudamos nossa seta e seguimos o caminho original do Muro de Berlim, estando ora no oriente ora no ocidente. Fomos dar de cara com um praça repleta de blocos de concreto, de diversos tamanho. É o Memorial das Vitimas do Holocausto, uma tocante homenagem fincada no coração de Berlim.
Ali, o ar alemão aspirado por Juttel tinha odores de História. Seguindo pela cicatriz do muro da vergonha, encontramos uma ferida ainda aberta: uma parte do muro preservada por motivos históricos e turísticos. Dava para sentir bem o clima de história exalado por aqueles resquícios de muro (com a qual eu voltaria a ter contato, no museu do comunismo, em Praga).
Interessante ver os sinais da mudança. Do lado oriental do muro (no sentido geográfico, que o político não existe mais), um imenso cartaz da Coca-Cola, patrocinadora da fanzone, deixa claro qual sistema manda.
Mas mais adiante, em um elevado, foi como voltar ao passado e ver as duas Alemanhas novamente. Ao oriente, aqueles prédios marrons bem característicos do filme “Adeus Lênin”. Ao ocidente, os modernos aço e vidro em construções de design extravagantes. Isso é Berlim.
Chuva de purpurina
Então recebi um jornalzinho de um cara. Agradeci com a cabeça e, antes de me virar, percebi que o rapaz piscava pra mim. Abri o jornal, foi como se uma chuva de purpurina caísse sobre a cidade tirando aquele ar sério e histórico e tingindo Berlim de cor-de-rosa. Ou com todas as cores do arco-íris, para ser mais exato. Estávamos em pleno “Christopher Street Day”.
O dia do Orgulho Gay é comemorado em toda Europa, embora com nomes distintos em outros paises. É uma grande passeata em defesa do direito de minorias, como os homossexuais, bissexuais, transexuais, etc. A Berlim histórica que queríamos conhecer se vestiu com as cores da diversidade sexual e com mensagens de tolerância e respeito. Foi engraçado e divertido.
Pelo centro histórico já não sabíamos mais o que era o que. Nossa seta não tinha mais razão de ser, pois quem ditava o ritmo do passeio eram as dezenas de homens marombados em trajes sumários, ou drags queens gigantes pintadas de cima a baixo, rapazes ora de seios postiços ora de bunda à mostra e outros com sungas de couro e coleira. O Juttel corria a se explicar: “Não foi nada combinado. Estamos aqui por acaso”. De fato não foi, mas conhecer Berlim sob o viés de sua gente cor-de-rosa foi bastante interessante.
Sprint final
Daquele momento de sodomia caminhamos conhecer uma das igrejas mais fantásticas de toda a viagem, a Berliner Dom, ou Catedral de Berlim. Bela e grandiosa, sua primeira construção data do início do século passado. Fica pertinho da prefeitura de Berlim e de um jardim, o Lustgarten. Atrás, no mesmo enquadramento da foto, reprisando o histórico e o moderno, a torre da TV.
Imponente por fora e por dentro, paramos para descansar e apreciar a catedral. Assim como todas as grandes igrejas há, embaixo, as catacumbas com caixões e esquifes onde jazem os corpos de religiosos. E, subindo um sem-número de degraus, pudemos apreciar a vista lá de cima e ver a maquete. Encantadora.
A visita já estava ganhando ares de despedidas. Na ilha dos museus, conhecemos o Pergamo Museu e o Bode Museu, mas só por fora. Também sobrou um tempinho para tomar a cerveja local, meio litro de Berliner, e ainda começar a se coçar para arrumar um jeito de chegar à próxima parada.
Foi assim por acaso que conseguimos encontrar a passagem, pelo celular de uma berlinense que trabalhava num show de teatro, que estava sentada diante do computador. Meio às pressas, na loucura.
Foi também por acaso que nós, na correria de chegar à rodoviária, pensamos em conhecer um último ponto turístico: a estonteante Coluna da Vitória (Siegessäule). Mais por acaso ainda foi ver o final do “Christopher Day” por lá. Outro cartão postal de Berlim tingido de cor-de-rosa, mas não tínhamos tempo para mais nada.
Só para pegar um táxi e voar para a rodoviária, bem distante dali. No caminho, mundo pequeno, vimos o casal sueco passeando, calmos como são os suecos, com seus uniformes esportivos. Mas, foco. O táxi cortou as ruas de Berlim, nossa seta agora era precisa e acelerada.
Quase perdemos o ônibus, mas foi por pouco. Embarcamos para uma curta viagem por solo alemão rumo à próxima parada.
E você, segue viagem conosco?
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
sábado, 27 de setembro de 2008
Dentro da boneca russa
A matrioshka é aquela bonequinha tradicional da Rússia, um brinquedo formado por uma série de bonecas de madeira de tamanhos diferentes – a menor colocada dentro da maior e assim por diante (na ex-soviética Praga existem milhares delas). Pois foi como estar dentro de uma matrioshka o sentimento da viagem de Malmö a Berlim.
Fim do congresso, nos despedimos do grupo: a sociedade do anel estava desfeita. Flávia e Davi ficariam mais um dia em Malmö e depois conheceriam Praga, Enio esticaria alguns dias em Copenhague e terminaria a viagem em Amsterdam. Mas o Juttel e eu estávamos com pressa, nossa programação era mais puxada.
Fomos para a estação de trem de Malmö pela último vez, o Juttel com seu eterno toc-toc do arrastar de mala, e eu fazendo conjunto com ele e feliz da vida por ter minha bagagem de volta. Pegamos o trem e vimos a pequena Malmö ficar para trás.
Foi minha primeira vez em um trem com cabines e camas. Tivemos a sorte de pegar as camas do meio e nos demos bem com um casal de silenciosos e bem comportados (sério?) suecos. Obviamente não ficamos parados, enfiamos a cara pela janela, vimos um velho alemão que dava medo e conhecemos uns adolescentes noruegueses de passeio no país vizinho.
Pelo lado de fora da janela, a Suécia ia correndo em sentido contrário ao do trem. Passamos por áreas mais pobres – sim elas existem – com casinhas conjugadas e micro-quintais, plantações e outras paisagens. A noite ia caindo, talvez reflexo de nossa descida em direção ao latitudes menores. Mas então o trem parou.
De cara não entendi bem aquela gente loira e nórdica tentando me explicar. Como assim? “Train on boat?” Foi o Juttel que contou. “Um pouco para direito chefia, isso, agora externa tudo”, diria um manobrista. E o trem, na boca do litoral, estava fazendo manobras para entrar dentro de um navio!
Já peguei balsas estando dentro de carros, mas trem dentro de navio, confesso, primeira vez. Lembro que sentia o chacoalhar nauseante da embarcação, enquanto deitado escrevia algumas linhas na agenda: “Mar do Norte. Penso que seja esse o nome do lugar onde estou agora, em alguma parte do Oceano Atlântico. Estranho dizer, mas estou em um trem!”
A viagem foi doida, de fato. Saímos do trem e pegamos um elevador para o alto do navio. Quando saímos pela porta, bizarro: pessoas esparramadas por aqui e ali, gente em restaurante, uma mulher no caça-níqueis com o filho, um freeshop.
Subimos mais um pouco e estávamos do lado de fora do navio. Vento cortante trazendo a brisa do Atlântico Norte (“É como se mil facas entrassem em seu corpo”, diria Leonardo Di Carpio sobre a temperatura da água naquela latitude do oceano, em um filme conhecido). A vista? Belíssima. De longe víamos o pôr-do-sol lá na Escandinávia – na terra do sol da meia noite, nada mais apropriado que o sol se demorasse um pouquinho mais.
Voltamos para o navio, andamos aqui e ali e eu preferi voltar ao trem. Estava preocupado com o macbook e bastante cansado. Tomei uma daquelas águas minerais em caixinha. “Não pode tomar água da torneira”, tinha avisado a prestativa sueca ao Juttel. “Ela deve pensar que eu sou bobo”, reclamou ele pra mim, minutos depois.
O Luiz disse ter sofrido com um vento nos fundilhos, mas eu dormi como anjo. Nem vi quando o trem deixou de ser bagagem e andou com as próprias pernas, em trilhos alemães. Também não percebi quando chegamos à grandiosa Berlin Hauptbanhof.
Tema, claro, para outro post.
Fim do congresso, nos despedimos do grupo: a sociedade do anel estava desfeita. Flávia e Davi ficariam mais um dia em Malmö e depois conheceriam Praga, Enio esticaria alguns dias em Copenhague e terminaria a viagem em Amsterdam. Mas o Juttel e eu estávamos com pressa, nossa programação era mais puxada.
Fomos para a estação de trem de Malmö pela último vez, o Juttel com seu eterno toc-toc do arrastar de mala, e eu fazendo conjunto com ele e feliz da vida por ter minha bagagem de volta. Pegamos o trem e vimos a pequena Malmö ficar para trás.
Foi minha primeira vez em um trem com cabines e camas. Tivemos a sorte de pegar as camas do meio e nos demos bem com um casal de silenciosos e bem comportados (sério?) suecos. Obviamente não ficamos parados, enfiamos a cara pela janela, vimos um velho alemão que dava medo e conhecemos uns adolescentes noruegueses de passeio no país vizinho.
Pelo lado de fora da janela, a Suécia ia correndo em sentido contrário ao do trem. Passamos por áreas mais pobres – sim elas existem – com casinhas conjugadas e micro-quintais, plantações e outras paisagens. A noite ia caindo, talvez reflexo de nossa descida em direção ao latitudes menores. Mas então o trem parou.
De cara não entendi bem aquela gente loira e nórdica tentando me explicar. Como assim? “Train on boat?” Foi o Juttel que contou. “Um pouco para direito chefia, isso, agora externa tudo”, diria um manobrista. E o trem, na boca do litoral, estava fazendo manobras para entrar dentro de um navio!
Já peguei balsas estando dentro de carros, mas trem dentro de navio, confesso, primeira vez. Lembro que sentia o chacoalhar nauseante da embarcação, enquanto deitado escrevia algumas linhas na agenda: “Mar do Norte. Penso que seja esse o nome do lugar onde estou agora, em alguma parte do Oceano Atlântico. Estranho dizer, mas estou em um trem!”
A viagem foi doida, de fato. Saímos do trem e pegamos um elevador para o alto do navio. Quando saímos pela porta, bizarro: pessoas esparramadas por aqui e ali, gente em restaurante, uma mulher no caça-níqueis com o filho, um freeshop.
Subimos mais um pouco e estávamos do lado de fora do navio. Vento cortante trazendo a brisa do Atlântico Norte (“É como se mil facas entrassem em seu corpo”, diria Leonardo Di Carpio sobre a temperatura da água naquela latitude do oceano, em um filme conhecido). A vista? Belíssima. De longe víamos o pôr-do-sol lá na Escandinávia – na terra do sol da meia noite, nada mais apropriado que o sol se demorasse um pouquinho mais.
Voltamos para o navio, andamos aqui e ali e eu preferi voltar ao trem. Estava preocupado com o macbook e bastante cansado. Tomei uma daquelas águas minerais em caixinha. “Não pode tomar água da torneira”, tinha avisado a prestativa sueca ao Juttel. “Ela deve pensar que eu sou bobo”, reclamou ele pra mim, minutos depois.
O Luiz disse ter sofrido com um vento nos fundilhos, mas eu dormi como anjo. Nem vi quando o trem deixou de ser bagagem e andou com as próprias pernas, em trilhos alemães. Também não percebi quando chegamos à grandiosa Berlin Hauptbanhof.
Tema, claro, para outro post.
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segunda-feira, 22 de setembro de 2008
Bem me quer, em Malmö
Foi com sentimento de dever cumprido que nos despedimos de Malmö no dia 27. Uma tarde ainda ensolarada apesar do tardar da hora, fomos caminhar pelo centro daquela pequena cidade. Passeamos por um feira e sentamos uma última vez em um bar para tomarmos a cerveja local. Aquele tinha sido um dia muito bom. Tinha sido o nosso dia em Malmö.
Na noite anterior, Davi, Flávia, Juttel e eu nos reunimos no hall de entrada do hotel Íbis. Precisávamos afinar o discurso, preparar os slides e deixar tudo acertado para o nosso porta-voz Davi: dia 27 era o último e também o dia mais importante. Dia de apresentarmos o “Bem me quer, mal me quer” na Suécia.
E não fizemos feio. Na verdade o Davi não fez. Apresentou uma a uma as cinco peças que compõem a instalação. “Bem me quer, mal me quer”, uma expressão bonitinha que venho falando há tempos. Mas o que significa?
Em síntese, foi uma instalação artística que fizemos no Museu da Imagem e do Som, em Campinas. Fruto de uma disciplina do Labjor, a Oficina de Multimeios, a instalação usa a ferramenta artística para refletir sobre a divulgação científica. O que pensam as pessoas sobre a ciência, especialmente, sobre as biotecnologias? Como a mídia divulga ciência? De que maneira aparece a dicotomia (bem e mal) nas notícias sobre biotecnologia.
Para entender direitinho sobre a instalação, os mais interessados podem dar uma espiada nesse vídeo no Youtube. É um compilado de matérias e vídeos.
Na apresentação, em Malmö, Davi foi direto. Expôs os nossos conceitos e objetivos, e soube resumir o que significou para nós fazer o "Bem me quer". Resumiu. Na platéia, nossas amigas italianas, a colega turca de belos olhos e um representante do Ministério de Ciência e Tecnologia, Ildeo de Castro, que ficou muito interessado no tema. Nosso trabalho estava feito.
As horas a mais em Malmö, na Suécia e na Escandinávia já estavam no lucro. Sentimos aquele climazinho de adeus, ou até à Índia, em 2010. Demos uma última passeada pela Universidade de Malmö e nos despedimos, ora com a cabeça, ora com abraços calorosos aquelas pessoas de quem tínhamos ficado amigos ou apenas conhecidos.
Apos uma breve chuva, que interrompeu nosso passeio pela cidade sustentável, fomos para o centro de Malmö. Desencontrei-me do pessoal, mas depois de feirinha e praças, nos encontramos novamente. De novo na mesa de bar, a última da Suécia, a última da equipe do "Bem-me-quer". E de novo cerveja.
No bar, dinheiro na mão, paguei a quem devia. Entreguei minha última coroa sueca. O Luiz ficou me incomodando, sobre migalhas para pagar o táxi e eu me desesperei: “Eu não tenho mais coroas, Luiz. Eu não estou mais Suécia! Não estou mais na Suécia!” O pessoal riu muito.
Caminhamos para o fim. Demos adeus ao Ênio e acompanhamos Flávia e Davi para o hotel. Eram nossos minutos finais em Malmö, mas tinha tempo para um último encontro. Aliás, reencontro.
O emocionante e duradouro reencontro com a minha bagagem.
A continuação dessa viagem, agora cheirosinho e de roupa limpa, você acompanha no próximo post. Até lá.
Na noite anterior, Davi, Flávia, Juttel e eu nos reunimos no hall de entrada do hotel Íbis. Precisávamos afinar o discurso, preparar os slides e deixar tudo acertado para o nosso porta-voz Davi: dia 27 era o último e também o dia mais importante. Dia de apresentarmos o “Bem me quer, mal me quer” na Suécia.
E não fizemos feio. Na verdade o Davi não fez. Apresentou uma a uma as cinco peças que compõem a instalação. “Bem me quer, mal me quer”, uma expressão bonitinha que venho falando há tempos. Mas o que significa?
Em síntese, foi uma instalação artística que fizemos no Museu da Imagem e do Som, em Campinas. Fruto de uma disciplina do Labjor, a Oficina de Multimeios, a instalação usa a ferramenta artística para refletir sobre a divulgação científica. O que pensam as pessoas sobre a ciência, especialmente, sobre as biotecnologias? Como a mídia divulga ciência? De que maneira aparece a dicotomia (bem e mal) nas notícias sobre biotecnologia.
Para entender direitinho sobre a instalação, os mais interessados podem dar uma espiada nesse vídeo no Youtube. É um compilado de matérias e vídeos.
Na apresentação, em Malmö, Davi foi direto. Expôs os nossos conceitos e objetivos, e soube resumir o que significou para nós fazer o "Bem me quer". Resumiu. Na platéia, nossas amigas italianas, a colega turca de belos olhos e um representante do Ministério de Ciência e Tecnologia, Ildeo de Castro, que ficou muito interessado no tema. Nosso trabalho estava feito.
As horas a mais em Malmö, na Suécia e na Escandinávia já estavam no lucro. Sentimos aquele climazinho de adeus, ou até à Índia, em 2010. Demos uma última passeada pela Universidade de Malmö e nos despedimos, ora com a cabeça, ora com abraços calorosos aquelas pessoas de quem tínhamos ficado amigos ou apenas conhecidos.
Apos uma breve chuva, que interrompeu nosso passeio pela cidade sustentável, fomos para o centro de Malmö. Desencontrei-me do pessoal, mas depois de feirinha e praças, nos encontramos novamente. De novo na mesa de bar, a última da Suécia, a última da equipe do "Bem-me-quer". E de novo cerveja.
No bar, dinheiro na mão, paguei a quem devia. Entreguei minha última coroa sueca. O Luiz ficou me incomodando, sobre migalhas para pagar o táxi e eu me desesperei: “Eu não tenho mais coroas, Luiz. Eu não estou mais Suécia! Não estou mais na Suécia!” O pessoal riu muito.
Caminhamos para o fim. Demos adeus ao Ênio e acompanhamos Flávia e Davi para o hotel. Eram nossos minutos finais em Malmö, mas tinha tempo para um último encontro. Aliás, reencontro.
O emocionante e duradouro reencontro com a minha bagagem.
A continuação dessa viagem, agora cheirosinho e de roupa limpa, você acompanha no próximo post. Até lá.
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